I´m NOT overreacting

Eu não pretendia vir escrever sobre meu atual estadinho lastimável porque primeiro, eu não sei quem são essa média de 18 visitantes que eu recebo por dia. E segundo que eu não quero que digam que eu estou exagerando. Mas porra, uma semana inteirinha se sentindo a mais miserável das criaturas merece um texto no blog.

Não sei exatamente o motivo, tem um ou dois plausíveis, mas eu já estive em situações mais desesperadoras (se é que alguém com 18 anos vivendo na casa dos pais sabe o que é situação desesperadora) e me saí bem. E dessa vez a impressão que eu tenho é que a casa caiu. Tá tudo errado pra mim, desde a posição da cama até o meu cabelo. Como se não bastasse, além desta super crise de identidade no melhor estilo teenager eu ganhei uma puta paranóia com pessoas. Eu ando estremecendo só de cogitar a idéia de andar na rua e ver pessoas. E isso inclui os amigos também. Só me sinto bem trancada em casa escutando Beatles e Lily Allen excessivamente até todo mundo aqui em casa ficar de saco cheio. Aí fico em dúvida entre ler o On the Road (que por enquanto não estou achando tanta graça assim, talvez porque eu esteja na décima página ainda, já que ler em inglês me dá gastura) ou se eu faço o exercício de francês que eu, mesmo nesse ócio tremendo estou enrolando pra fazer porque você sabe, procastinar é meu sobrenome.

Então, por favor, vamos sentir pena da pobre Andressa, dos seus quilos a mais, sua franja esquisita, seu esmalte vermelho borrado no pé e sua sobrancelha de travesti.

Rezem por mim.