26.2.07

Pausa, deixem o Chinaski falar.

Tudo o que eu consigo pensar é no quão idiota são as pessoas que me cercam e no quão eu mesma sou ridícula. É tudo tão previsível, aquelas dores de cabeças, olhos vermelhos, as dúvidas, as risadas e toda aqueles olhares furtivos. A paranóia.
Aqui estou, sentindo que aos 40 anos serei um velha de peitos caídos decadente com unhas sujas e dentes amarelados, resmungando e falando tanto palavrão quanto agora. Pra que tudo isso? Pra que essa merda de vida? Pra que vestibular, cervejas nos fim de semana? E acima de tudo, pra que HOMENS? Homens me enchem de dor de cabeça. Agora me olho no espelho e tenho vontade de rir, de dar uma garalhada daquelas que você curva a cabeça pra trás e fecha os olhos, enquanto sente borboletas na barriga. Só pra depois abrir os olhos, se encarar no espelho e lembrar o que você e o resto da humanidade é: patética.

Agora, volto para o meu livro.

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