5.10.07

We made no sense

"ai, Flávio, acho que não gostei da voz dele", eu disse no primeiro dia, nós dois já bêbados como nos convém.
"ih, aí é perigoso. aí é amor. quando você implica assim de cara..."
"ah não"

Apesar do diálogo ter acontecido entre Clarah Averbuck e seu amigo, eu me sinto na mesma situação. Não tem verdade mais verdadeira do que essa. E é assim desde os tempos do colégio, sempre que rolava de implicar com alguém, eu estava é na verdade apaixonada. Porque não sei vocês, mas quando eu era pequena, por volta dos nove anos, eu me apaixonei perdidamente por uns vinte caras. Cada semana era um amor novo e era sempre eterno, mas eu acabava sozinha, era uma coisa meio platônica. O lance é que eu sempre gostei dessa história de amor impossível, de chorar pra caralho vendo um filme, e agora eu to aqui velha com queda de cabelo e continuo com a mesma implicância, com essa história de que amor bom é amor impossível. Eu me canso.

*

Então que eu sou uma burra idiota que nunca, nunca aprendo e continuo fazendo as mesmas coisas. Prometo o que não vou cumprir, minto pra quem espera a verdade e confio em quem não merece. Cheia de problemas, mas se você me perguntar eu vou dizer que estou bem. Eu estou bem pra caralho, porque eu tenho ainda meia garrafa de vodka vagabunda em casa pra me dá uma puta ressaca e me fazer esquecer dos problemas que me afligem que nem são tantos assim, mas eu sou chegada num drama.

*

Eu mudei o visual hoje e não gostei. Eu não como carne há uma semana e eu nem sei direito o motivo. Ou talvez saiba, sei lá, vou parar de tentar entender as coisas.

1 comment:

gika. said...

pergunte ao seu orixá, amor só é bom se doer. ;)