19.9.08

Do contra

Posso ser sincera? Acho que o indie morreu pra mim. O indie parou ali na Cat Power e no Wilco, apesar de achar que o Wilco está acima de qualquer classificação de gênero musical. De resto, nadamaismelembro. Não tenho mais paciência para escutar a melhor banda de todos os tempos da última semana. Lê o Lúcio Ribeiro se tornou insuportável, a NME não faz sentido, todas as bandas from uk com seus cabelos moderninhos me causam ojeriza. Cansei. Onde não consigo enxergar um mínimo de sentimento, de intensa relação com a música, eu não consigo apreciar o som, no máximo, acho legalzinho.


Antes de continuar, permita-me explicar o que exatamente quero dizer com "legalzinho". Legalzinho, é aquela banda que o Marcelo Costa chamaria de banda coxinha. É bom, é gostosinha, mas não tem nada demais.
E legalzinho é o som da banda Glasvegas, uma das poucas bandas recentes que me dispus a escutar dado ao número de críticas positivas. Lá fui eu, com toda a paciência do mundo ouvir o tal sucesso do momento. Ér. Como eu já esperava, não deu.

Pode ser que eu já tenha começado a escutar com uma espécie de preconceito ou super expectativa. Mas se alguém tem culpa nisto é o André Takeda. Eu adoro quase tudo que o André escreve e considera bom, mas por vezes acho que ele exagera. Não discuto que ele tem bom gosto musical, ele tem de sobra. Mas quando ele se empolga com alguma banda é notável a quantidade de confete que ele joga em cima. Glasvegas é só mais uma banda de Glasgow e that's it. De Glasgow eu ainda fico com o Belle and Sebastian.
Pode ser que em uma outra fase da minha vida eu aprecie e muito. Pode ser também que eu esteja errada e a banda venha a se consagrar como uma das mais importantes. Do futuro, eu nada sei. O que eu sei, é que por enquanto os únicos aspectos positivos da banda são as suas influências (toma-lhe Jesus and Mary Chain e The Smiths) e uma música chiclete chamada "flowers and footballs tops", que na minha opinião me lembra o Echo and the Bunnymen.

Não foi desta vez que salvaram o indie rock.

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