4.8.08

Recomeçar

Muita coisa aconteceu desde a última vez que postei aqui. Coisas boas e ruins. Mais boas do que ruins, eu diria. Nesse meio tempo eu mudei de curso e dentro de uma semana começo o meu novo curso, o de Produção Cultural. Muita gente me pergunta o que diabos um produtor cultural faz e quando eu explico as pessoas dizem que também querem fazer o curso. Eu não tinha pensado antes, porque eu tinha acabado de terminar o colégio e meio que tinha a obrigação de passar no vestibular (mesmo que eu não tivesse estudado nada e só vivesse enchendo a cara). Então eu optei por Letras porque inglês sempre foi a minha praia junto com literatura. Lá, porém, eu descobri que não era realmente isso o que eu queria e começou um dilema interno de o que fazer com a porra da minha vida. Eu raramente terminei algo que comecei e com a faculdade eu não podia vacilar. Mas vacilei e cá estou eu no meu novo curso. Eu espero que dessa vez eu tenha acertado. Eu preciso acertar, porque as minhas chances e a paciência do meu pai estão acabando. Mas acho que um curso sobre artes (música, teatro, dança, literatura) jamais me desagradaria. Ainda mais estudando na UFF.

Nesse meio tempo, porém, me apaguei muito ao pessoal da UERJ. Viajei nas férias com os meus amigos de lá e posso dizer que foi uma viagem que vou guardar pra sempre. Não pela viagem em si, mas por tudo que vivemos. Sete dias seguidos juntos. Teve briga, choro, tapa, alegrias e risadas. Muitas risadas. Só não teve ressaca porque todo mundo bebe que nem macho e ressaca é coisa de calouro!


O fator que mais marcou estes últimos dois meses e o principal responsável pela transformação radical na minha pessoa, porém, foi alguém que apareceu na minha vida de repente. Entrou e bagunçou ela toda, perdi o chão e acho que a consciência. Mas não vejo isso como algo ruim. Acho que foi uma experiência muito válida que me fez amadurecer em dois meses o que eu não amadureci em anos. Aprendi a tolerar mais as diferenças. Aprendi que posso amar sem sentir ciúmes, que nós podemos amar outra pessoa sem querer algo em troca, sem gerar grandes expectativas. O que essa pessoa me ensinou eu não poderia escrever aqui. Mas acho que ela sabe o quão importante foi e mesmo que agora reste apenas as lembranças, eu não fico triste. Porque eu sei que o que vale não é duração, mas a intensidade do momento. E agora levo uma lição para a vida e um carinho por você que me nego a tirar de dentro de mim. O amor é isso, ele é livre. Ele chega e simplesmente acontece e depois da mesma forma que chega ele se vai, sem que com isso a gente tenha que se sentir triste. Pelo contrário, eu fico feliz só de imaginar o que essa vida me reserva, neste novo capítulo que se inicia.

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