17.3.13

Chuva sobre o mar

Sempre me perguntei porque eu amo tanto dias de chuva. Sei que eles não são nem um pouco práticos, ainda mais morando no Rio de Janeiro. As ruas alagam e você não consegue chegar em casa ou no trabalho sem fica imunda. Ainda assim, quando acordo e olho pela janela e vejo um dia chuvoso, meu espírito sempre se acalma. Andei pensando sobre isso e andei pensando também nessa fascinação que eu tenho sobre o mar. Veja bem, não quero que confunda as coisas. Não estou falando que amo praia, posto 9 no domingo, usar biquíni. Não, aliás, Deus que me livre, disso eu nunca senti falta. Mas do mar, do oceano, do cheiro que entra pela janela, do gosto de sal e da  sensação de vulnerabilidade quando se está nele.  Duas vezes na vida eu achei que fosse morrer afogada, eu não sei, eu estava nadando e, de repente, eu não consegui mais sair da água devido a correnteza. Mesmo assim, o mar nunca deixou de ser fascinante pra mim, mesmo com toda a vulnerabilidade diante dele.

Acho que eu você somos como o mar e a chuva. Eu sou o mar, você é a chuva. Acho até que é por isso que, ultimamente, quando chove é também um motivo de alegria. É como se você estivesse me visitando. Ultimamente, tenho andando tranquilamente pelas ruas e tenho me molhado, sinto as gotas de chuva em mim e de alguma forma, eu não consigo deixar de sorrir. Sei que é cafona e tudo, mas não consigo deixar de pensar que é você vindo me visitar. Quando chove sobre o mar então, é a coisa mais bonita do mundo. É quando nós dois nos encontramos, em espírito.


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